tag:blogger.com,1999:blog-7706576488826566167.post2951933040628703176..comments2023-10-09T02:30:05.874-07:00Comments on . Polis + Arte: Estamira 2Unknownnoreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-7706576488826566167.post-53301680231914836992007-12-02T06:37:00.000-08:002007-12-02T06:37:00.000-08:00meu queridoprazer em poder dividir pensamentos por...meu querido<BR/>prazer em poder dividir pensamentos por aqui. não conheço o texto do rancière, fernanda chegou a falar comigo algo sobre, vamos ver se chego nele alguma hora. com certeza o próprio deleuze fala que quando propõe este sistema de dois regimes de imagem - o cristalino e o orgânico, o da imagem tempo e o da imagem movimento - um está sempre sob o risco do outro, a imagem tempo coagulando imagens movimento, não se tratam de dois modelos independentes, excludentes isto ou aquilo, mas mais isto E aquilo, cada um uma forma de aparição do outro e vice-versa. <BR/>quanto à fala coletiva, outro dia o luis alberto lançou esta: no mundo quântico não há mais indivíduos, mas divíduos; ou melhor dizendo multíduos. não é mais possível pensar as singularidades destacadas das zonas de probabilidade espaço- temporais em que flutuam, devires, linhas de fuga, tessituras que as constróem e por elas são construídas. multíduos. lindo isso. como você bem expôs, saímos do terreno da representação para o da poeisis. que volta a metafísica teve que dar!paolebhttps://www.blogger.com/profile/00818319513276688043noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7706576488826566167.post-24529637880634992962007-12-01T15:41:00.000-08:002007-12-01T15:41:00.000-08:00Legal você lembrar disso Paola.Fiquei aqui tentand...Legal você lembrar disso Paola.<BR/>Fiquei aqui tentando perceber as nuances entre o Deleuze falar que "é preciso que o ato de fala se crie como uma língua estrangeira em uma língua dominante, precisamente para exprimir uma impossibilidade de viver sob a dominação"<BR/><BR/>e o Rancière quando diz que "A política se apoia no que vemos e no que podemos dizer, sobre quem tem a competência para para ver e a qualidade para dizer, sobre as propriedades dos espaços e dos possíveis do tempo." (Partilhas do sensível)<BR/><BR/>De qualquer forma, nos dois casos, estamos diante de formas de pensar uma relação muito íntima entre estética e política. Ou seja, a experiência política não está desconectada de uma experiência estética que tem a poética como princípio e não a representação.<BR/><BR/>Ainda sobre essa citação do Deleuze, tem uma coisa eu acho que é possível ainda aproximar os dois. Quando o Deleuze fala de uma língua estrangeira, essa língua é uma diferença que racha a língua dominante. Não se trata assim de reivindicar um lugar - contra a dominação - no interior da língua dominante. A reivindicação é assim uma estética que parte da igualdade.<BR/>Isso é uma preocupação constante do Rancière e o livro que eu já comentei contigo, O mestre ignorante, tem essa noção de igualdade como princípio para qualquer relação. Negando, assim uma oposição entre saber e ignorância.<BR/>Cito o Rancière; "Quem parte da desigualdade e se propõe a reduzí-la, hierarquiza as desigualdades, hierarquiza as prioridades,hierarquiza as inteligências e reproduz indefinidamente."<BR/>(Aux Bords du politique p.95)<BR/>Muito bom né?<BR/><BR/>Não quero me alongar, mas indo diretamente nessa passagem que você lembrou, há mais uma relação entre Deleuze a Rancière, com quem venho pensando essa idéia de democracia, que é a idéia de que esses enunciados que aparecem "como uma língua estrangeira" são necessariamente coletivos. Isso, claro, é obvio em Deleuze; rizoma, discurso indireto livre, agenciamentos, etc, são conceitos que se formam em torno dessa idéia. Em Rancière me parece que isso é muito menos claro. Mas tenho entendido que para Rancière essa dimensão coletiva e mútipla das subjetivações são propriamente a política e que, em oposição, a polícia é o que tenta eliminar as tensões e dissensos no agenciamento em que os indivíduos aparecem.<BR/>Rancière concordaria com Deleuze, quando esse diz que o o cinema político moderno tem como base a constatação de um povo que falta?<BR/>Arrisco dizer que sim.<BR/>A política para Rancière é também uma desidentificação, uma separação dos nomes próprios e, nesse sentido, uma criação de um povo em devir.<BR/><BR/>ps. só para lembrar, o Rancière tem um texto muito crítico à divisão que o Deleuze faz entre imagem-tempo e imagem-movimento, no A fábula cinematográfica.Migliorinhttps://www.blogger.com/profile/01202733629824406904noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7706576488826566167.post-5097748489770160692007-11-30T19:17:00.000-08:002007-11-30T19:17:00.000-08:00não li as criticas que você comenta. mas nos trech...não li as criticas que você comenta. mas nos trechos que você cita, incomodam as palavras o "estranho" e "semelhante". parece aquele texto racista que diz que "gosta de preto como se fosse branco". enfim. mas o teu caminho me lembrou de um trecho do image-temps que reli agora, onde ele termina falando que falta povo, lembra? acho que pode ser bom pra esse teu pensamento da democracia tb.<BR/>em livre traducão:<BR/>"A célebre fórmula: "o que é cômodo com o documentário é que sabemos quem somos e o que filmamos" deixa de ser válida. A forma de identidade eu=eu (ou sua forma degenerada, eles = eles) deixa de valer para os personagens e para o cineasta, no real como na ficção. O que deixa advir pouco a pouco, em graus mais profundos, o "Eu sou um outro" de Rimbaud."paolebhttps://www.blogger.com/profile/00818319513276688043noreply@blogger.com