7 de jun. de 2007

Death Proof/Tarantino

A sensação de ter perdido um cineasta brilhante se confirma a cada novo filme de Tarantino. Death Proof apresentado em Cannes e em cartaz agora é mais uma banalização da reciclagem de gêneros. Um filme triste, sem idéias, que parece achar divertido e inteligente refazer o óbvio com selo de cult. A fetichização de tipos clássicos do cinema americano pode gerar personagens ricos e engraçados com em Pulp Fiction ou apenas a banalidade dos "motherfuckers" da vida. Tarantino faz um filme trash apostando na revitalização que lhe dará o selo cult, mas, na verdade acaba fazendo um filme velho, que nasce e morre velho. A piadinha dos arranhões na película e as desnecessárias marcas de troca de rolo materializam a armadilha que o filme inventou e caiu. O desfile de clichês se mantém no nível dos clichês, sem conseguir desarmá-los. Talvez Tarantino esteja se divertindo, mas nós....

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