Festival de cinema com intervenção ao vivo na imagem, no som.
Assisti 3 trabalhos na sexta.
O problema.
Que tipo de efeito o "ao vivo" traz para a imagem? Como o que o espectador vê é afetado pelo fato de estar ao vivo?
Mais, que tipo de tensão para a imagem o live traz?
Fiquei um pouco em torno dessas perguntas.
A amiga Paola Barreto, em parceria com David Cole, apresentou um trabalho muito bom!
Quatro câmeras (vigilância) no espaço da Caixa Cultural, 10 performers e uma edição de som e imagem ao vivo na sala de cinema.
Alta tensão. O trabalho joga com a temporalidade da câmera de vigilância e do ao vivo de maneira super eficaz, frequentemente colocando o espectador em um mar de dúvidas e perguntas sobre o seu lugar mesmo diante das imagens.
O reverse ao vivo é um dos ótimos estranhamentos que os artistas trazem para o live e para a segurança.
5, 4, 3, 2, 1, - Paola abre o "filme".
O trabalho é uma bela e poética maneira de se retomar o uso das câmeras - além da informação e do controle, aquele mesmo aparato ganha uma dimensão estética cheia de humor.
Um prazer.
Um comentário:
querido, que bom que pudemos provocar estes pensasentimentos em ti! sábado a tensão estava com menos voltagem, ao vivo tem destas coisas: para o bem e para o mal, nada está previamente dado e qq descompasso ou falta de timing e zufff: o andamento se perde. irremediável. foi um grande desafio. convites para apresentações em outras praças já surgiram. espectadores que voltaram para conferir sábado nos estimularam. feedback da platéia fundamental.
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