O programa do PT exibido essa semana segue o padrão "história de vida".
O Lula diz que o que ele mais admira na Dilma é a sua história.
É uma forma do Lula se perpetuar, ninguém terá uma história melhor que a dele.
O Serra vem fazendo a mesma coisa, cada vez que fala conta a história do pai, do sofrimento, da família popular.
O Lula empregnou ainda mais a política como lugar de quem merece estar ali pelo sofrimento e pelo sucesso pessoal.
Marcante ainda no programa é que a Dilma e o Lula não falam para o espectador, mas para alguém fora do quadro.
NInguém acredita mais na fala para todos, como no JN. No final da campanha cada candidato contará sua história pessoal sussurando no ouvido de alguém.
Para manter a intimidade e a presença popular, Dilma vai ao interior conversar com uma senhora que recebeu luz em sua casa. Tudo está lindo e ela, representante do povo, termina o "encontro" agradecendo. "Muito obrigado por ter feito isso pra nós". Constrangedor. Já imaginou, uma entrevista com um professor universitário: - O prédio novo foi construido, muito obrigado por ter feito isso pra nós! O personalismo que esse tipo de eleição fomenta é desastroso e o pessoal da publicidade e do PT não consegue inventar nada fora disso. Uma pena.
Uma pena que um governo com tantos pontos fantásticos se rebaixe a esse tipo de comunicação popularesca.