Essa semana o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, avisou que a Rio Filme, responsável pela sala de cinema que será inaugurada em uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, o Complexo do Alemão, projetará apenas filmes de grande apelo populular. - Nada de filme-cabeça, disse o prefeito.
Essa afirmação não é apenas um uma opção de programação, mas algo bem mais grave.
Não se trata apenas de dizer apenas o que o pobre deve ou não deve ver, mas de definir qual é a parte da população que
tem o direito de pensar a cidade e a vida. O recorte que Eduardo Paes é claro; a favela é um lugar de consumo e, como consumidores, essa parte da população deve ser incorporada à cidade. Entretanto, esse consumo deve dispensar a cabeça - os filmes e qualquer coisa que demande a reflexão - Ou seja, para favela, vale apenas a passividade de quem engole qualquer coisa. Consumir todos podem, mas pensar e interferir na cidade não. Trata-se de democratizar o consumo e restringir a política.
28 de set. de 2010
Elvis e Madona, de Marcello Laffitte.
Elvis e Madona é um filme delicioso. Assisti ontem em um Odeon lotado que apaludiu o filme diversas vezes durante a exibição e o ovacionou enquanto os créditos subiam.
Trata-se de um filme cheio de frescor e humor, com atuações excelentes. Elvis e Madona tem forte diálogo com um certo tipo de crônica de costumes cariocas tendo Copacabana como espaço central. Copa é mundo! Quem mora por aqui entende bem o que isso quer dizer. Todas as críticas que o filme poderia receber são secundárias diante do prazer em acompanhar os mundos que o filme inventa. Filme para milhões de espectadores!
Trata-se de um filme cheio de frescor e humor, com atuações excelentes. Elvis e Madona tem forte diálogo com um certo tipo de crônica de costumes cariocas tendo Copacabana como espaço central. Copa é mundo! Quem mora por aqui entende bem o que isso quer dizer. Todas as críticas que o filme poderia receber são secundárias diante do prazer em acompanhar os mundos que o filme inventa. Filme para milhões de espectadores!
22 de set. de 2010
rápidas - Brasil
Primeiro não acho que dá para chamar de pobre o que o consumo e as pesquisas de opinião chamam de Classe C.
O cara da favela que está no esforço de colocar o filho na escola e trocando de geladeira, não se diz pobre.
Segundo, os caras estão muito virulentos. O discurso agora compara nosso período a um janguismo tendo a Dilma como a perspectiva ditatorial - Jabor disse isso! Imbecilidade.
Agora, a Dilma ir para o enfrentamento com a Folha? Não dá, deixa pra lá os caras que optam por destruir qualquer credibilidade em favor de uma eleição perdida.
O cara da favela que está no esforço de colocar o filho na escola e trocando de geladeira, não se diz pobre.
Segundo, os caras estão muito virulentos. O discurso agora compara nosso período a um janguismo tendo a Dilma como a perspectiva ditatorial - Jabor disse isso! Imbecilidade.
Agora, a Dilma ir para o enfrentamento com a Folha? Não dá, deixa pra lá os caras que optam por destruir qualquer credibilidade em favor de uma eleição perdida.
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