Essa semana o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, avisou que a Rio Filme, responsável pela sala de cinema que será inaugurada em uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, o Complexo do Alemão, projetará apenas filmes de grande apelo populular. - Nada de filme-cabeça, disse o prefeito.
Essa afirmação não é apenas um uma opção de programação, mas algo bem mais grave.
Não se trata apenas de dizer apenas o que o pobre deve ou não deve ver, mas de definir qual é a parte da população que
tem o direito de pensar a cidade e a vida. O recorte que Eduardo Paes é claro; a favela é um lugar de consumo e, como consumidores, essa parte da população deve ser incorporada à cidade. Entretanto, esse consumo deve dispensar a cabeça - os filmes e qualquer coisa que demande a reflexão - Ou seja, para favela, vale apenas a passividade de quem engole qualquer coisa. Consumir todos podem, mas pensar e interferir na cidade não. Trata-se de democratizar o consumo e restringir a política.
Um comentário:
Parabéns pelo blog! Bacana!
Apareça no meu O FALCÃO MALTÊS.
Abração,
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
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