19 de set. de 2011

cinema e tecnologia


O observador acompanha um seminário sobre tecnologia 4K, um tipo de imagem digital de altíssima definição que garante ao cinema sem a película uma imagem com até mais informação que a própria película.
Os exemplos de aplicação se sucedem. Um dirigível filma fronteiras e o cinema se reaproxima da guerra. Um cineasta filma tartarugas em 3d e sentimos saudades de Nanook. Um cientista acopla a câmera a um microscópio e é do silêncio de Marey que sentimos falta.
Quando a tecnologia é separada de seu tempo – da política – ela apenas se torna risível ou fascista. 

Um comentário:

Don Guakito disse...

não é bem assim. a película tem resolução equivalente de até 8K em certas condições e com alguns negativos (film stock).

Exibições de alguns filmes restaurados, como Dr.Fantástico e pedaços do Lawrence da Arábia, mostram como que cinema digital em 4K contém mais detalhes finos do que o atual uso de 2K na finalização de filmes (todo filme feito com película no exterior passa pelo processo de digitalização em 2K para correção de cor, etc).

Assim, é uma tecnologia que não é separada de seu tempo.

Mas nem por isso não deixa de ser facista. Afinal, desde a inversão que o grego Arquitas fez do c:g enquanto 2:3 e g:c enquanto 3:4 para 3:2 que levou à criação da catapulta para fins militares, e com isso a imposição cultural do uso não-critico do principio do anel comutativo em tudo, toda tecnologia tem tendência facista, mesmo a que maquiamos chamando-as de "democráticas".

muito mimimi intelectual pra pouca analise critica séria! :D