-->
Nos últimos dias esse vídeo circulou intensamente no Facebook,
muitos já devem ter visto.
Para os que não são do Rio, impressiona a intensidade do
sotaque, a forma como a fala marca o território. Acostumados ou não,
impressiona as invenções explícitas.
Gosto muito da forma como a moça expressa sua reflexão sobre
as redes sociais, sobre o público e o privado e como entra, ela mesma, em uma
campo indiscernível entre ficção e a crônica social.
Melhor que qualquer comentarista da relação de jovens com
internet, a moça faz uso de todo um universo ligado às redes para refletir
sobre uma ética contemporânea
As marcas e opções da "arte" são precisas: o
cabelo, o fundo verde, a marca do sol... etc. Elementos que afirmam um lugar de
fala de quem quer pensar o cotidiano e que domina os meios.
Me impressiona ainda a inexistência desse personagem no
cinema e na tv – na literatura eu não sei, na música, certamente ele está
presente. Entretanto, quando a funkeira aparece no audiovisual é no clichê e
não nessa força que inventa ritmos, tons e toda uma estética ao exprimir uma
intensa relação reflexiva com os meios técnicos e com as redes sociais.
http://www.youtube.com/watch?v=HU0FmnOut2A
Nenhum comentário:
Postar um comentário