29 de mar. de 2013

Luane Dias

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Nos últimos dias esse vídeo circulou intensamente no Facebook, muitos já devem ter visto.
Para os que não são do Rio, impressiona a intensidade do sotaque, a forma como a fala marca o território. Acostumados ou não, impressiona as invenções explícitas.
Gosto muito da forma como a moça expressa sua reflexão sobre as redes sociais, sobre o público e o privado e como entra, ela mesma, em uma campo indiscernível entre ficção e a crônica social.
Melhor que qualquer comentarista da relação de jovens com internet, a moça faz uso de todo um universo ligado às redes para refletir sobre uma ética contemporânea
As marcas e opções da "arte" são precisas: o cabelo, o fundo verde, a marca do sol... etc. Elementos que afirmam um lugar de fala de quem quer pensar o cotidiano e que domina os meios.
Me impressiona ainda a inexistência desse personagem no cinema e na tv – na literatura eu não sei, na música, certamente ele está presente. Entretanto, quando a funkeira aparece no audiovisual é no clichê e não nessa força que inventa ritmos, tons e toda uma estética ao exprimir uma intensa relação reflexiva com os meios técnicos e com as redes sociais.


http://www.youtube.com/watch?v=HU0FmnOut2A

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