A
violência do jurídico e da mídia que vimos nos últimos dias é grave na
medida em que ela é pautada por uma negação da democracia. Negação da
possibilidade de qualquer um fazer parte da cidade e das decisões que
forjam a comunidade em que estamos.
A democracia pressupõe o dissenso, o desacordo em relação às formas do poder se organizar.
Aceitar que nenhum projeto político-midiático é total e que toda adesão é limitada é o princípio para que a democracia se fortaleça.
A democracia não é uma harmonia ou um consenso, mas a possibilidade da tensão do dissenso.
O que vimos recentemente foi a negação dessa possibilidade.
Lembremos que na grande imprensa os manifestantes foram acusados de anarquistas, de organizadores de manifestações e, por incrível que pareça, de torcerem contra o time do Brasil na Copa do Mundo. O patético se torna trágico uma vez que é a democracia que está em jogo.
Já o judiciário manteve presos advogados que, entre outras coisas, estavam perto de manifestantes e se de dispuseram a defendê-los.
Os argumentos usados, tanto na mídia como no judiciário, são atravessados por um preocupante ódio à democracia.
Para esses poderes, parece insuportável que alguns se manifestem dizendo: não autorizamos tudo! Não autorizamos pré-julgamentos, não autorizamos um estado que me cala.
No momento em que a ordem social impossibilita o dissenso e nega a presença do outro, desobedecer é o que nos resta.
Ou como escreveu Thoreau, no fim do século XIX: “a desobediência civil é inerente à democracia”
Nesse sentido, foi fundamental a não apresentação à polícia dos 18 manifestantes e a ajuda da deputada Janira Rocha à Eloísa Samy, mas, sobretudo são esses fatos também que materializam a necessária processualidade da democracia.
A democracia não está pronta e sua construção depende de sujeitos e comunidades que não aceitam as formas da representação se fazer hoje.
Resistir às formas do poder se organizar hoje é uma forma de lutar pela democracia e a o ataque que mídia e o jurídico fizeram nos últimos dias não é à Sininho ou à outro manifestante, mas à democracia mesmo.
Mas o país está vivo e esse ataque encontra limites.
A democracia pressupõe o dissenso, o desacordo em relação às formas do poder se organizar.
Aceitar que nenhum projeto político-midiático é total e que toda adesão é limitada é o princípio para que a democracia se fortaleça.
A democracia não é uma harmonia ou um consenso, mas a possibilidade da tensão do dissenso.
O que vimos recentemente foi a negação dessa possibilidade.
Lembremos que na grande imprensa os manifestantes foram acusados de anarquistas, de organizadores de manifestações e, por incrível que pareça, de torcerem contra o time do Brasil na Copa do Mundo. O patético se torna trágico uma vez que é a democracia que está em jogo.
Já o judiciário manteve presos advogados que, entre outras coisas, estavam perto de manifestantes e se de dispuseram a defendê-los.
Os argumentos usados, tanto na mídia como no judiciário, são atravessados por um preocupante ódio à democracia.
Para esses poderes, parece insuportável que alguns se manifestem dizendo: não autorizamos tudo! Não autorizamos pré-julgamentos, não autorizamos um estado que me cala.
No momento em que a ordem social impossibilita o dissenso e nega a presença do outro, desobedecer é o que nos resta.
Ou como escreveu Thoreau, no fim do século XIX: “a desobediência civil é inerente à democracia”
Nesse sentido, foi fundamental a não apresentação à polícia dos 18 manifestantes e a ajuda da deputada Janira Rocha à Eloísa Samy, mas, sobretudo são esses fatos também que materializam a necessária processualidade da democracia.
A democracia não está pronta e sua construção depende de sujeitos e comunidades que não aceitam as formas da representação se fazer hoje.
Resistir às formas do poder se organizar hoje é uma forma de lutar pela democracia e a o ataque que mídia e o jurídico fizeram nos últimos dias não é à Sininho ou à outro manifestante, mas à democracia mesmo.
Mas o país está vivo e esse ataque encontra limites.
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