26 de mai. de 2007
Agamben e política
O artigo A POTÊNCIA DE NÃO: LINGUAGEM E POLÍTICA EM AGAMBEN, de Peter Pál Pelbar faz parte de uma coletânea de textos que estão sendo publicados pela Documenta 12.
O artigo apresenta as principais teses de Agamben na relação entre política e linguagem. Um dos principais caminhos do texto é abordar a infância como o momento que acompanha o homem durante sua vida e que materializa o fato de no homem não haver uma coincidência entre língua e discurso, o que abre para uma pura potência da linguagem.
A dimensão política aparece na idéia de que se nos apropriamos desse livre uso da linguagem - não da linguagem para dizer isso ao aquilo - nos apropriamos também de uma virtualidade do dizer e do não dizer.
André Brasil trabalhou com esta noção da infância e da linguagem no texto Infância do cinema, publicado na Revista Cinética.
Tanto Pelbart quanto Brasil fazem uma incursão à obra de Agamben a partir de um enfoque que valoriza as potência do indivíduo pela infância, pela linguagem ou pela possibilidade da política e não pela frequente oposição que o italiano faz entre a "o poder" e a "vida nua" ou na utilizacão do Muçulmano do campo de concentração (Ce qui reste d´Auschwitz) como paradigma do bio-poder contemporâneo.
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