Prezado
Vladimir, amigos e colegas de engajamentos
Muito me toca
estar aqui hoje, como Coordenador da Mostra e Chefe do Departamento de Cinema
da UFF.
Poder
apresentar uma mostra em homenagem a ti, Vladimir, é antes de tudo um
agradecimento.
Os que se
interessaram pelo Brasil, pela democracia e pelos direitos humanos aprenderam
nesses teus tantos anos de carreira a acompanhar a tua trajetória de cineasta
interessado em documentar o país e seu povo.
Sabemos,
meu caro, que documentar para ti não é fazer um cinema apenas explicitando o
que o mundo já nos apresenta, mas uma forma de invenção e criação de uma
sociedade mais justa em que cada um tenha o direito de fazer diferença na
comunidade em que vive.
Não é esse
o nosso ideal de democracia, ou a democracia do documentário? Uma democracia
que sabe das potencias de vida, das capacidades políticas e inventivas dos
homens e mulheres comuns?
Teu cinema
trouxe o sertão para o grão da película e, especialmente aqui, em Brasília, se
dedicou a contar as histórias dessa cidade, a questionar seus espaços de
exclusão, fazendo do cinema um projeto rigoroso e urgente.
Como
professor na UNB, segues como uma inspiração para nós que cotidianamente
estamos na universidade.
Nas artes e
no engajamento político, as hierarquias entre professores e alunos se
dissolvem, e nos vemos todos no mesmo barco, escutando atentos aos homens e
mulheres que o cinema insiste em fazer presente, respeitando suas formas de
vida, seu direito às riquezas da comunidade e à diferença que os singulariza.
Pois foi
com esses alunos também que essa Mostra foi produzida; aqui também vens como
inspiração.
Nesse espírito, assistiremos um breve vídeo
feito para o dia de hoje.
Caro
professor, cineasta, colega.
Em nome da
Mostra, da UFF e de todos os parceiros,
Muito
obrigado!
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