Veja o link para a nova campanha da OMO (sabão em pó). Matéria da Advertising Age.
A campanha é baseada na seguinte premissa. O prêmio irá até o ganhador e não o ganhador até o prêmio.
O consumidor compra o sabão e de repente é surpreendido pelo prêmio que bate na sua porta sem que ele jamais tenha dado o endereço para qualquer pessoa.
Essa nova campanha do Omo é o retrato desse caldeirão em que se misturam o controle policial, o espetáculo - que inclui a soberba tecnológica - e o capitalismo biopolítico.
Trata-se de um tubo de ensaios para as futuras ações do comércio.
Atrelado a um chip, as caixas de sabão poderão informar ao supermercado que o sabão está acabando e uma nova caixa será entregue na casa do consumidor.
Com o gps, esse material poluente poderá ser monitorado e encaminhado aos depósitos com reciclagem.
Como se vê, as vantagens são evidentes. Para isso, precisamos "apenas" permitir que tudo que consumimos venha acompanhado de um micro-chip, permitindo que tenhamos nosso consumo monitorada em filigrana e que o caminho de nosso consumo seja monitorado. Ainda não ouvi falar em GPS para alimentos, comeremos GPS?
Claro que a Advertising Age acha tudo lindo! A intrincada relação entre estratégias de controle pessoal e consumo ainda está engatinhando.
Um comentário:
Acho que quem come gps, por ora, são os cachorros. Acho que vi um cartaz em alguma pet anunciando o serviço - um localizador de cão, caso ele suma ou coisa do gênero.
Abraço do Gabriel.
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