4 de ago. de 2010

Post pessoal - Turquia

Amanhã vou para Istambul apresentar um trabalho no Visible Evidence.
Acho que pela primeira vez na vida vou para um país novo sem dedicar muito tempo tentando conhecer minimamente a história, a cultura, a comida, a música, a arquitetura, etc.
Essa situação me faz lembrar aqueles personagens do Bauman que percorrem o mundo sem sair de casa e chegam em qualquer hotel conseguindo acender as luzes no escuro, uma vez que os interruptores estão sempre no mesmo lugar, seja em Istanbul ou em Tókio.
Minha conexão até agora tem sido via Erkin Koray, um músico dos anos 60, ainda vivo. Ouvi dois discos brilhantes. Uma sonoridade que nos é familiar com ecos de todo experimentalismo e rock dos anos 60 e, ao mesmo tempo, fortemente turca, marcada pela presença do Bağlama e da Darbouka que é aquela percussão que produz um som bem seco.
Ao mesmo tempo, cheguei a pensar em inventar dispositivos para explorar a cidade. Não sair de um bairro, durante toda a estada, por exemplo. Mas tudo parece tão complexo e grande que meus poucos dias sem trabalho se resumirão ao turismo óbvio: Reina Sofia, Mesquita Azul, Grande Bazar.
Erkin Koray próximo, vou a cata dos lugares que dialogam com essa música.

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