fazer da informação uma força entre outras. Fazer da floresta um verdejar, um alongar em madeiras e um farfalhar sonoro.
A principal função da montagem é impossibilitar o isolamento.
Uma imagem se liga a outra, certo. Assim um tempo único atravessa duas ou mil imagens – planos em linha reta.
Mas, como já sabemos, o cinema é torto. A montagem não é construção da linha reta ou da base que permite a estrutura crescer.
Todo plano tende à informação, ou seja, tende a eliminar tudo que o compõe, limitando-se a apagar de si a multiplicidade, o resto, as sobras, os vazios e excessos. Diante da complexidade da floresta, vemos uma floresta. Diante de uma igreja gótica vemos uma igreja. Nada mais triste.
Montar, no interior do plano para que o plano resgate o que está li submerso, submetido a forças excessivamente presentes. Autoritarismo da percepção.
Juntar imagens para garantir que novas linhas não cessem de inventar relações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário