Pensando a educação
Começam os primeiros debates para governador, entrevistas com candidatos a presidente e novamente a educação é uma promessa de todos.
Não há candidato que não coloque a educação como uma questão central.
Entretanto, apensar das promessas, parece não haver a indignação necessária com o que é hoje o maior motivo no país para a manutenção das radicais diferenças sociais que temos.
Alguns pontos nesse debate deveriam ser colocados como uma agenda para debate.
Antes de tudo, é preciso destruir o muro que separa as escolas privadas das escolas públicas.
O que um pai quer para o seu filho deveria ser o que o estado deveria prover em termos de educação. Um candidato deveria se comprometer com o mínimo e dedicar um enorme tempo e esforço político para que qualquer escola da baixada fluminense seja tão boa quanto uma escola privada de Botafogo. Não podemos esperar menos.
Vivemos hoje um quadro de segregação em que ser pobre significa estar em escolas que formam para no máximo os futuros adultos serem um pouco menos pobres.
Habituamo-nos a achar que a escola não rompe um destino de pobreza, mas isso não é verdade.
Uma escola de altíssimo nível para todos é ação radical necessária.
1 - Para isso, escolas precisam ter mais autonomia. É preciso que os gestores sejam bem formados e estimulados a serem escolhidos pelos alunos do bairro. Um bom professor gestor precisa ter seus conhecimentos valorizados na comunidade e no sistema de educação.
2 - É preciso um programa que estimule jovens formados nas melhores universidades a se conectarem com as escolas. Vivemos hoje uma separação enorme entre as melhores formações universitárias e o ensino básico. Essa separação desestimula professores, gestores e alunos.
3 - O professores precisam de tempo para desenvolverem projetos que transcendam a sala de aula, que os conecte com outros universos, pessoas e propostas.O professor precisa de tempo para pensar o que faz e se instrumentalizar para garantir bons resultados para seus alunos.
4 - Precisamos de escolas que arquiteturalmente seja fantásticas, que cada funcionário e aluno tenha orgulho de estar ali, que acústica seja apropriada e a temperatura condizente com o necessário conforto para as aulas.
5 - Precisamos de uma radical laicizacão das escolas. Não é aceitável que professores reservem momentos para pais nossos e que a escola possua crucifixos em suas entradas, como vemos frequentemente.
6 - Precisamos abrir as escolas privadas, criar formas de estimular que as boas gestões privadas incorporem muitos alunos pobres. No caso do Rio de Janeiro, quantos alunos da Rocinha estão na Escola Parque? Quanto alunos do Pereirão no Lycée Molière, quantos do Santa Marta estão no São Bento, isso apenas para falar de algumas proximidades. Com uma ação financeira do estado, certamente o espírito democrático dessas instituições incorporará a vizinhança.
7 - Me parece ainda que apesar do Ideb ser importante, precisamos de métodos muito mais precisos de avaliação das escolas, garantindo que gestores sejam avaliados também.
A questão da educação básica hoje em muitos estados e cidades, para não falar no país todo, não passa por mais verbas e reformas, mas por um choque de democracia acompanhado por reformas de base com mais poder e responsabilidades para as escolas e forte acompanhamento e supervisão do estado.
De outra maneira aceitamos que às famílias pobres é destinado um caminho de pobre. Me parece que podemos, como sociedade, romper esse destino pela escola.
Começam os primeiros debates para governador, entrevistas com candidatos a presidente e novamente a educação é uma promessa de todos.
Não há candidato que não coloque a educação como uma questão central.
Entretanto, apensar das promessas, parece não haver a indignação necessária com o que é hoje o maior motivo no país para a manutenção das radicais diferenças sociais que temos.
Alguns pontos nesse debate deveriam ser colocados como uma agenda para debate.
Antes de tudo, é preciso destruir o muro que separa as escolas privadas das escolas públicas.
O que um pai quer para o seu filho deveria ser o que o estado deveria prover em termos de educação. Um candidato deveria se comprometer com o mínimo e dedicar um enorme tempo e esforço político para que qualquer escola da baixada fluminense seja tão boa quanto uma escola privada de Botafogo. Não podemos esperar menos.
Vivemos hoje um quadro de segregação em que ser pobre significa estar em escolas que formam para no máximo os futuros adultos serem um pouco menos pobres.
Habituamo-nos a achar que a escola não rompe um destino de pobreza, mas isso não é verdade.
Uma escola de altíssimo nível para todos é ação radical necessária.
1 - Para isso, escolas precisam ter mais autonomia. É preciso que os gestores sejam bem formados e estimulados a serem escolhidos pelos alunos do bairro. Um bom professor gestor precisa ter seus conhecimentos valorizados na comunidade e no sistema de educação.
2 - É preciso um programa que estimule jovens formados nas melhores universidades a se conectarem com as escolas. Vivemos hoje uma separação enorme entre as melhores formações universitárias e o ensino básico. Essa separação desestimula professores, gestores e alunos.
3 - O professores precisam de tempo para desenvolverem projetos que transcendam a sala de aula, que os conecte com outros universos, pessoas e propostas.O professor precisa de tempo para pensar o que faz e se instrumentalizar para garantir bons resultados para seus alunos.
4 - Precisamos de escolas que arquiteturalmente seja fantásticas, que cada funcionário e aluno tenha orgulho de estar ali, que acústica seja apropriada e a temperatura condizente com o necessário conforto para as aulas.
5 - Precisamos de uma radical laicizacão das escolas. Não é aceitável que professores reservem momentos para pais nossos e que a escola possua crucifixos em suas entradas, como vemos frequentemente.
6 - Precisamos abrir as escolas privadas, criar formas de estimular que as boas gestões privadas incorporem muitos alunos pobres. No caso do Rio de Janeiro, quantos alunos da Rocinha estão na Escola Parque? Quanto alunos do Pereirão no Lycée Molière, quantos do Santa Marta estão no São Bento, isso apenas para falar de algumas proximidades. Com uma ação financeira do estado, certamente o espírito democrático dessas instituições incorporará a vizinhança.
7 - Me parece ainda que apesar do Ideb ser importante, precisamos de métodos muito mais precisos de avaliação das escolas, garantindo que gestores sejam avaliados também.
A questão da educação básica hoje em muitos estados e cidades, para não falar no país todo, não passa por mais verbas e reformas, mas por um choque de democracia acompanhado por reformas de base com mais poder e responsabilidades para as escolas e forte acompanhamento e supervisão do estado.
De outra maneira aceitamos que às famílias pobres é destinado um caminho de pobre. Me parece que podemos, como sociedade, romper esse destino pela escola.
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