"Educar não é entreter", escreveu Jacotot no início do século XIX.
Ele ficaria bem impressionado em ver como se difundiu a ideia de que a escola deve ser um lugar legal, divertido e animado para poder interessar os alunos.
- Ainda mais com a concorrência dos dispositivos de comunicação móvel, dizem alguns.
Triste fim para a escola. Precisa concorrer com o espetáculo para fazer o seu papel. Se assim for, o jogo está perdido. Até nesse ponto a lógica do espetáculo consegue organizar o debate, como se a escola devesse ser pautada pelas suas regras. O professor se torna assim um animador, divertido e ágil, com vários truques na manga caso o ibope caia.
O prazer da escola precisa achar um outro tempo, menos imediato que o espetáculo, que mobilize outros afetos. Que possibilite às crianças e jovens atuarem em múltiplas velocidades, em múltiplos ritmos. Isso não significa, obviamente, um isolamento do mundo e das velocidades contemporâneas. Mas também não significa entregar para o professor o papel de animador.
Os ritmos do espetáculo e das telas não têm nada de natural, nos mobilizam 24/7 porque queremos mudar o mundo ou comprar um pouco mais. Nos tiram o sono e nos mantém no lugar quando viajamos, mas não é com essa velocidade que a escola deve concorrer. Se a comunicação contemporânea e o espetáculo são pautados por velocidades excessivas e instantâneas, talvez o que a escola possa é oferecer outras velocidades, enquanto tenta desvenda um pouco do mundo que diz que ela é um tédio.
Ele ficaria bem impressionado em ver como se difundiu a ideia de que a escola deve ser um lugar legal, divertido e animado para poder interessar os alunos.
- Ainda mais com a concorrência dos dispositivos de comunicação móvel, dizem alguns.
Triste fim para a escola. Precisa concorrer com o espetáculo para fazer o seu papel. Se assim for, o jogo está perdido. Até nesse ponto a lógica do espetáculo consegue organizar o debate, como se a escola devesse ser pautada pelas suas regras. O professor se torna assim um animador, divertido e ágil, com vários truques na manga caso o ibope caia.
O prazer da escola precisa achar um outro tempo, menos imediato que o espetáculo, que mobilize outros afetos. Que possibilite às crianças e jovens atuarem em múltiplas velocidades, em múltiplos ritmos. Isso não significa, obviamente, um isolamento do mundo e das velocidades contemporâneas. Mas também não significa entregar para o professor o papel de animador.
Os ritmos do espetáculo e das telas não têm nada de natural, nos mobilizam 24/7 porque queremos mudar o mundo ou comprar um pouco mais. Nos tiram o sono e nos mantém no lugar quando viajamos, mas não é com essa velocidade que a escola deve concorrer. Se a comunicação contemporânea e o espetáculo são pautados por velocidades excessivas e instantâneas, talvez o que a escola possa é oferecer outras velocidades, enquanto tenta desvenda um pouco do mundo que diz que ela é um tédio.
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