7 de fev. de 2015

Grécia e a violência da mídia

Grécia,
O The Economist é das mais influentes revistas do mundo.
Seus princípios liberais são conhecidos de todos, mas o texto dessa semana, sobre a Grécia, dá a dimensão do medo que esses poderes tem de que o basta que esse país quer dar para austeridade imposta pela Europa se espalhe por Espanha, Itália, Portugal e mesmo França.
O artigo é uma sequencia de ameaças, exemplo: “eles não tem escolha”, se Tsipras for provocativo demais o Banco da Grécia quebra” “se Tsipras mandar os sinais errados” sofrerá retaliações, “eles não tem experiência” para a tarefa que estão se propondo, “Tsipras está jogando com a sorte” etc, tudo isso com a constante ameaça de expulsão da Europa.
O recado para o sistema financeiro é claro. É preciso fazer a esquerda grega fracassar, de outra maneira teremos que renegociar nossos ganhos com todos os outros países. De outra forma a esquerda de muitos outros países pode se fortalecer.
A resposta do Grega tem sido: nosso problema não é um problema local, mas de todos os trabalhadores da Europa. O empobrecimento da Grécia é o mesmo que tem fomentado a xenofobia em muitos países.
O que o novo governo grego coloca para a Europa é a necessidade de recolocar em questão do porque haver uma “união”, seus princípios e prioridades.
Nas prioridades de Merkel e do The Economist não há lugar para esse debate. Diferentemente do que gostaria o jornalismo violento da revista e as ameaças da Alemanha, o que está em jogo é muito mais que economia, mas opções de mundo.

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