31 de jan. de 2014

O transporte no centro do jogo democrático.

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1 - o óbvio: moradia e transporte constituem os direitos mínimos na cidade.
Em um país onde uma massa de pessoas anda a pé porque não podem pagar o transporte ou em que o bilhete de ida e volta todos dias do mês consome um quarto do salario mínimo, a luta pelo transporte é central para que a democracia possa existir.
Para que o povo, o homem comum, possa usufrui e ter direito à cidade e à política ele não pode ser isolado de sua circulação.
Tarifa zero não é uma utopia mas o exercício da democracia.
Para a tarifa zero ser um projeto de longo prazo o preço transporte urbano não pode nunca mais subir.
2 - Quando vejo as imagens dos trabalhadores pulando as catracas da central o que está em jogo é a evidência de que as regras acordadas pelos poderes atuais colocam em risco a democracia mesmo, afogando os direitos dos cidadãos.
3 - Uma democracia se fortalece quando ela garante espaço de liberdade aos contra-poderes e a desobediência civil é inerente à democracia. Não aceitar o aumento da passagem é apenas uma antecipação da cidade que está sendo construída. Podemos fazer a tarifa zero lentamente, sem aumento. Mas se houver aumento ela será feita rapidamente, pulando-se a roleta, garantindo-se a democracia.

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