É muito
impressionante que tenhamos chegado nesse momento da história do país vendo
grandes meios como a Folha fazendo uma revisão tão positiva da ditadura.
Todos os
fracassos sociais, éticos, culturais são esquecidos em nome de um discurso
liberal que serve para justificar, se eles assim quiserem, novas ditaduras,
novas violências.
Impressiona que a ditadura hoje não seja lida como uma tragédia em nossa história e que muitos venham a público armados de mentiras para justifica-la.
Impressiona que a ditadura hoje não seja lida como uma tragédia em nossa história e que muitos venham a público armados de mentiras para justifica-la.
O que a
Folha faz é dar à economia uma centralidade que coloca os números como uma
medida para o que não tem medida.
O que
aconteceu no país não pode ser lido por números, estatísticas e dados, mesmo
que esses fossem verdadeiros. O que aconteceu no país durante os 21 anos demanda
uma outra natureza de avaliação.
Quando o
estado opta por matar física e subjetivamente sua população, essa opção não
pode coabitar com argumentos lógicos racionais. Apesar de sabermos das opções
desses grupos, o que lemos nesses dias não deixa de estarrecer.
O
aniversário de 50 anos do golpe assustadoramente serve para justificar aquilo
que parecia eliminado como possibilidade.
Em muitos
lugares, como nesse editorial da Folha, a ditadura aparece como uma
possibilidade de gestão. Eis a tragédia que se repete.
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