2 de fev. de 2008

Meu nome não é Johnny

Um primeiro estranhamento é o elogio que o filme faz à atuação da juiza que poupa o personagem da lei. Um verdadeiro estado de exceção. Trata-se da lei (a juiza) que suprime a lei (condenar o traficante pelo que fez).

A classe média adora. Encontra no filme um Estado que protege o filho caso esse "se deixe levar" pelas circunstâncias.

Outro estranhamento é o elogio esquemático ao limite. Os pais devem dar limite para os filhos, se não....
Tudo se resume ao limite. O problema não é o consumo, por exemplo, mas o limite do consumo.
A lógica do filme é a da moderação, mesmo para ser traficante é necessário moderação.

Vou levar meus filhos adolescentes para ver, dizem alguns. Para que? Para saberem que se decidirem pelo tráfico devem fazer com moderação. Ou para saberem que se forem pegos o Estado os protege, evitando que aquele que errou se junte aos criminosos.

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