Uma preciosidade. (download) (original da Elianne Ivo, obrigado)
Lula é entrevistado em 1982 por Guattari.
Fundado em 1980, o PT estava prestes a apresentar seus primeiros candidatos em uma eleição.
Lula, com 37 anos, fala de um desejo de país que atravessou esses anos todos e que se realiza nesses seus dois governos, apesar de tantas diferenças.
Os mais críticos ao governo Lula verão uma entrevista cheia de contradições. Lula recusa qualquer apoio ao PMDB, fala em estatização de Bancos, etc.
No meu caso, sou tocado por uma enorme percepção da política mesmo, do que era ou não possível fazer, dos embates que se colocariam e da necessidade democrática.
"é preciso estar com os pés no chão, e saber que os processos de transformação não se dão porque queremos, mas sim em virtude das forças políticas sobre as quais eles se apóiam."
Ontem - dia 26.02.10 - O Globo ainda fazia uma matéria sobre a visita de Lula a Cuba ignorando a relação que o Brasil tem hoje com a América Latina, ignorando o que Lula foi fazer naquele país, como se o PT apoiasse um certo modelo de estado.
Nessa entrevista, FG pergunta se Lula vê o PT adotando algum modelo constituído, de tipo soviético, chinês ou cubano.
Lula - Não, de forma nenhuma. E aliás, nem francês, nem sueco!
ainda:
"é preciso criar condições que nos permitam não depender nem do imperialismo americano nem do imperialismo soviético"
É curioso ainda ver alguns assuntos na ordem do dia:
Lula: Minha posição é que as Malvinas pertencem à Argentina.
O final da entrevista é também revelador.
Guattari agradece e Lula devolve fazendo uma pergunta pragmática:
O partido socialista na França "está colocando em prática o que propunha antes das eleições?"
Guattari fala longamente e Lula continua demandando mais de seu interlocutor.
Uma das últimas palavras de Lula:
"A grande força, a melhor arma do PT é justamente isto - o não dogmatismo."
Lula é entrevistado em 1982 por Guattari.
Fundado em 1980, o PT estava prestes a apresentar seus primeiros candidatos em uma eleição.
Lula, com 37 anos, fala de um desejo de país que atravessou esses anos todos e que se realiza nesses seus dois governos, apesar de tantas diferenças.
Os mais críticos ao governo Lula verão uma entrevista cheia de contradições. Lula recusa qualquer apoio ao PMDB, fala em estatização de Bancos, etc.
No meu caso, sou tocado por uma enorme percepção da política mesmo, do que era ou não possível fazer, dos embates que se colocariam e da necessidade democrática.
"é preciso estar com os pés no chão, e saber que os processos de transformação não se dão porque queremos, mas sim em virtude das forças políticas sobre as quais eles se apóiam."
Ontem - dia 26.02.10 - O Globo ainda fazia uma matéria sobre a visita de Lula a Cuba ignorando a relação que o Brasil tem hoje com a América Latina, ignorando o que Lula foi fazer naquele país, como se o PT apoiasse um certo modelo de estado.
Nessa entrevista, FG pergunta se Lula vê o PT adotando algum modelo constituído, de tipo soviético, chinês ou cubano.
Lula - Não, de forma nenhuma. E aliás, nem francês, nem sueco!
ainda:
"é preciso criar condições que nos permitam não depender nem do imperialismo americano nem do imperialismo soviético"
É curioso ainda ver alguns assuntos na ordem do dia:
Lula: Minha posição é que as Malvinas pertencem à Argentina.
O final da entrevista é também revelador.
Guattari agradece e Lula devolve fazendo uma pergunta pragmática:
O partido socialista na França "está colocando em prática o que propunha antes das eleições?"
Guattari fala longamente e Lula continua demandando mais de seu interlocutor.
Uma das últimas palavras de Lula:
"A grande força, a melhor arma do PT é justamente isto - o não dogmatismo."
3 comentários:
Ola Cezar,
Gostei de ler o seu post. Onde está publicada a entrevista?
um abraço,
Daniel Ribao
obrigado!
Obrigado.
No arquivo da entrevista faltam as páginas 12 e 13...
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