Encontro uma amiga na rua e ela me pergunta se fui à manifestação de ontem. Digo que sim. Ela reage:
Foi fascista né?
A polícia?
Não, as manifestações, cartazes, etc.
Não! De forma alguma!
Fiquei impressionado com o imaginário que se criou sobre o que aconteceu ontem.
Alguns breves comentários: A pauta de reivindicações era enorme, mas havia uma agenda de esquerda que predominava: crítica à Copa, pelos serviços públicos de qualidade e contra o Governador, jamais contra a Dilma. No meio disso, bandeiras do Brasil e o hino, elementos que minha geração estranha em uma manifestação de esquerda, mas que também cantamos nas diretas.
A manifestação de quinta foi muita mais popular que a de terça e talvez menos engajada. Mas, me parece impossível pedir para jovens que cresceram com o PT no poder estejam nas ruas com uma agenda que não questione o poder vigente.
Na verdade, pautar o discurso das manifestações pela questão eleitoral é um equívoco. É isso que o capital, o PT e o PSDB desejam.
Obviamente brigo pela institucionalidade de todos os processos, mas uma manifestação que começou com a questão do transporte não pode eximir um governo que nos últimos 10 anos fez maciços investimentos na indústria automobilística.
Que tenhamos força para uma agenda propositiva, alegre e libertária, mas que não afaste das ruas os que não pensam exatamente como nós.
Foi fascista né?
A polícia?
Não, as manifestações, cartazes, etc.
Não! De forma alguma!
Fiquei impressionado com o imaginário que se criou sobre o que aconteceu ontem.
Alguns breves comentários: A pauta de reivindicações era enorme, mas havia uma agenda de esquerda que predominava: crítica à Copa, pelos serviços públicos de qualidade e contra o Governador, jamais contra a Dilma. No meio disso, bandeiras do Brasil e o hino, elementos que minha geração estranha em uma manifestação de esquerda, mas que também cantamos nas diretas.
A manifestação de quinta foi muita mais popular que a de terça e talvez menos engajada. Mas, me parece impossível pedir para jovens que cresceram com o PT no poder estejam nas ruas com uma agenda que não questione o poder vigente.
Na verdade, pautar o discurso das manifestações pela questão eleitoral é um equívoco. É isso que o capital, o PT e o PSDB desejam.
Obviamente brigo pela institucionalidade de todos os processos, mas uma manifestação que começou com a questão do transporte não pode eximir um governo que nos últimos 10 anos fez maciços investimentos na indústria automobilística.
Que tenhamos força para uma agenda propositiva, alegre e libertária, mas que não afaste das ruas os que não pensam exatamente como nós.
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