Assisti essa semana o documentário Kurt and Courtney, de Nick Broomfield sobre a morte de Kurt Cobain, vocalista do Nirvana (emule), produzido pela BBC.
Broomfield vai para Seatlle conhecer pessoas que estiveram envolvidas com Cobain, conhecer e documentar o universo do cantor.
O documentário tem diversos pontos de interesse.
1 - A forma como o filme vai se transformando a partir dos encontros que o realizador vai fazendo e a maneira como o próprio realizador muda sua relação com o tema e com os personagens.
2 O filme documenta Courtney Love e a indústria da música fazendo pressão contra o documentário e contra jornalistas que escrevem sobre Courtney. Até o ponto em que a BBC anuncia a Broomfield que as verbas estão cortadas, fruto da pressão que a tv pública inglesa sofreu do pessoal da MTV - Essa conversa entre o realizador e o produtor é parte do filme.
3 O envolvimento de Broomfield aparece em dois momentos muito fortes. O primeiro é quando ele decide encontrar pela terceira vez o pai de Courtney que a acusa de ter matado Kurt. Desta vez Broomfield abandona qualquer distanciamento e se mostra bastante perturbado com a posição daquele pai que acusa a filha de assassinato. A indignação de Broomfield acaba por revelar um pai muito agressivo, tornando toda história ainda mais tensa e complexa. O segundo é quando o realizador comparece à entrega de prêmios de uma Associação que promove a liberdade de expressão e Courtney Love é homenageada. Prato cheio! De maneira delicada, distante das estratégias de Michael Moore, Broomfield sobe no palco e diz não entender como uma associação dedicada a liberdade de imprensa homenageia Courtney Love, depois dela ter pressionado, agredido e ameaçado de morte diversos jornalista. Broomfield é retirado do palco.
O mais interessante do filme são estas transformações e mudanças de rumo que o filme vai tendo diante dos fatos, além é claro da ótima história em torno deste ícone dos anos 90 que foi Cobain.
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