Conversei essa semana com um conhecido que trabalha em uma gigante multinacional de alimentação e refrigerantes e ele me falou sobre recentes transformações no modo de avaliação de pessoal que me parecem exemplificar consequência reais e objetivas do chamado capitalismo cognitivo.
Até um ano atrás o trabalho desse conhecido era avaliado no final do ano levando em conta 80% o seu desepenho, ou seja, quanto ele conseguiu cumprir as metas da empresa e 20% dedicada a algo mais subjetivo mas fundamentalmente ligado à forma como ele administra as pessoas abaixo dele na hierarquia da empresa.
Por exemplo, ele me disse que não foi bem avaliado porque duas pessoas que ele indicou para serem promovidas não se sairam bem.
A avaliação no último ano mudou. 5o% para os resultados, 50% para a relação com o pessoal.
O que mais me surpreendeu foi que quando perguntei a ele qual o critério para que essa avaliação mais subjetiva seja boa ele disse: se qualquer dos meus subordinados puder fazer o mesmo papel que eu, ai eu sou bem avaliado.
A empresa aumentou a importância de critérios como: capacidade de transmitir conhecimento, de se relacionar, de cooperar e de comunicar. Ao mesmo tempo que o trabalhador deve ajudar a produzir os colegas que poderão lhe substituir.
No mesmo ambiente de trabalho deve existir a cooperação e a comunicação - pois é isso que a empresa voloriza cada vez mais - ao mesmo tempo em que meu conhecido diz se sentir em um Big Brother, tendo que ser constantemente o vencedor para não ser eliminido,
Entrevista com Maurício Lazzarato sobre o tema
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