Na matéria Voto combinado na rede o fotógrafo Roberto Stuckert Filho do Jornal O Globo transforma sua câmera em um aparelho de escuta.
A matéria que revela o diálogo entre dois ministros do Supremo Tribunal Federal é fruto de uma impressionante permissividade em relação ao uso de câmeras para captar a vida alheia.
Os editores de O Globo e o reporter tornam natural - mais uma vez - o abuso de seus meios técnicos para se tornarem polícia do mundo, invasores.
Ao fotografar a troca de mails entre os ministros o fotógrafo faz da câmera um instrumento de "escuta". Ele não fez uma imagem mas gravou um diálogo, invadiu a correspondência.
Não sei quais as consequências do ato, mas certamente não se trata de uma imagem pública. A imagem pública é a do ministro lendo e escrevendo mails, não seu conteúdo. A vigilância mais ordinária, feita com o zoom da câmera se junta à vigilância digital contemporânea.
O Globo grampeou os ministros do supremo.
Diversas questões sobre Visibilidade e vigilância no Blog da Fernanda Bruno
Texto meu e de André Brasil sobre os casos Cicarelli e Saddam Hussein
3 comentários:
oi cezar. não conhecia este lugar aqui, gostei. acabei de ler teu txt na cinetica, bom pra pensar muitas coisas, mandei pros meus alunos. tb criei um blog, estou começando timidamente...
http://paoleb.blogspot.com/
Oi Paola,
Blogar é um vício.
tomara que teus alunos gostem.
vou dar uma volta no teu blog e vamos falando.
Beijos
Cezar
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