As declarações de João Emanuel Carneiro que comentei baixo fazem todo sentido quando entram em sintonia com o texto da delegada Renata Pontes sobre o caso Isabella.
"Mantiveram a mentira de forma dissimulada, desprezando o bom senso e discernimento de todos, mesmo que a eles não se nivelem, tentando, por derradeiro, desqualificar profissionais, desqualificar provas, e até as leia da física, para permanecerem impunes, alheios aos sentimento daqueles que verdadeiramente amaram Isabella; para poderem gozar da boa vida, sempre patrocinada pelo generoso e protetor pai e sogro, Antônio Nardoni, cujo dinheiro, é certo, nunca será o bastante para lhes comprar hombridade.”
Se a mídia trata todo caso como uma grande novela, como gosta de lembrar o Marcus Faustini, a delegada não está distante, corrobora o mesmo tom e só encontra uma função para o seu trabalho se for parte de uma narrativa que a transcende. Nesse sentido não interessa os fatos, apenas o amor, a hombridade, a generosidade, etc. Que esse seja o material do autor das novelas é mais do que compreensível, mas que seja também o material de trabalho da delegada é constrangedor.
Outro delegado essa semana me surpreendeu.
Poucas horas depois de Ronaldinho ter saído da delegacia ele deu declarações absolutamente favoráveis ao jogador.
Para quem acha que a luta de classes acabou: link com depoimento do delegado.
"Ao que tudo indica, diz o delegado, a coisa está cheirando a um suposto golpe".
Que direito os travestis tem diante de tal julgamento professado horas depois do ocorrido e sem que todas as partes tenham sido ouvidas?
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