20 de mai. de 2008

Quando a narrativa se impõe como polícia.

Já comentei em outros posts essa perniciosa associacão entre a mídia a polícia.
A mídia atua como polícia, no Caso Isabella ou no caso da Loja do meu amigo.

A
Associação dos Juízes para a Democracia publicou nota em que refuta essa perversa ligação. Uma ligação que julga os acusados antes do julgamento.
Há uma pressa em resolver que não suporta o tempo necessário em se condenar alguém a 20 anos de prisão.

Até hoje o casal é inocente, mas respeitar essa premissa legal é insuportável para a mídia e para aqueles que não conseguem dissociar a vida daquelas pessoas de uma narrativa com ritmos ideias (frequentemente novelescos).
Aqui são algumas vidas que estão em jogo e, nesse caso, o ritmo e a narrativa não podem se impor.

Felizmente aprendemos isso com o documentário.

Talvez esses casos falem muito do cinema mesmo. Certas narrativas são formas policiais de organizar a vida. Quando estamos diante de um filme ruim, a coisa não é grave, mas quando a mídia se torna polícia para organizar uma narrativa, o problema é mais sério
.

Link para a Nota dos juízes

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