A notícia mobiliza o noticiário, o Lula comenta, todos os articulistas especulam, o César Benjamim lamenta (Folha de hoje), a bolsa sobe, o dólar cai, etc
A notícia é motivo de uma grande mobilização e de consequências reais na economia.
O que ainda me causa grande estranhamento é que uma empresa possa ter tamanha influência na pauta de uma país.
A Standard and Poor's é tratada como uma entidade apolítica e não-ideológica, como se ela deliberasse sobre elementos concretos e não movida por interesses específicos.
Quando isso é bom para o país - o que alguns críticos discordam - até o presidente cita o resultado, mas no momento em que a avaliação da S&P mudar e a sua avaliação não for tão boa?
Impressiona ainda como aqueles que negociam nas bolsas e com o dólar desconhecem o que fazem. A avaliação da S&P é baseada em um certo estado da economia. Este estado está disponível a todos, mas ao mesmo tempo todos são dependentes da avaliação da empresa.
Independente de ser bom ou não para o país, o que se viu nos últimos dois dias é, antes de tudo, temerário e não deixa de ser indicador da fragilidade do mercado.
Melhor faria o governo se ignorasse a avaliação da S&P. Melhor faria o governo se não tentasse capitalizar reforçando o poder das mesmas forças que podem destruí-lo.
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