O debate sobre o papel dos pais no caso MAM é interessante.
Há um discurso que diz mais ou menos o seguinte: “esse pessoal conservador não tem nada que se meter. Os pais estavam presente e eles são os responsáveis.”
Não é bem assim. Os pais não têm a palavra final sobre o que pode ou não uma criança. Nossa comunidade inventou meios de restringir eventuais erros, abusos, excessos dos pais. Felizmente. Esse argumento de uma hiperautonomia familiar se aproxima, justamente, do familiarismo que sustenta as práticas e discursos mais conservadores. É o argumento que por um lado diz que o indivíduo não precisa estar atento à comunidade - individualismo e todos contra todos - e que, por outro, a comunidade deve se adequar ao familiarismo. Nessa lógica, aprova-se ensino religioso confessional nas escolas e se retira das escolas e da comunidade a responsabilidade em oferecer às crianças um mundo complexo, amplo e sem os fundamentos do papai e da mamãe.
Educar é deixar a porta aberta.
Há um discurso que diz mais ou menos o seguinte: “esse pessoal conservador não tem nada que se meter. Os pais estavam presente e eles são os responsáveis.”
Não é bem assim. Os pais não têm a palavra final sobre o que pode ou não uma criança. Nossa comunidade inventou meios de restringir eventuais erros, abusos, excessos dos pais. Felizmente. Esse argumento de uma hiperautonomia familiar se aproxima, justamente, do familiarismo que sustenta as práticas e discursos mais conservadores. É o argumento que por um lado diz que o indivíduo não precisa estar atento à comunidade - individualismo e todos contra todos - e que, por outro, a comunidade deve se adequar ao familiarismo. Nessa lógica, aprova-se ensino religioso confessional nas escolas e se retira das escolas e da comunidade a responsabilidade em oferecer às crianças um mundo complexo, amplo e sem os fundamentos do papai e da mamãe.
Educar é deixar a porta aberta.
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