Reli agora uma antiga entrevista com o Coutinho, feita logo depois da estréia de Santo Forte.
A entrevista é excelente mesmo. Quem me chamou a atenção para ela foi o Vinícius Reis por conta de o Coutinho falar em democracia, questão que me é cara no momento.
Na verdade o Coutinho fala muito em democracia sem falar o "nome da coisa". Quando ele efetivamente fala é para dizer que não se interessa por um filme que tenha democracia, ou temas tão gerais, como foco.
Mas quando digo que ele fala de democracia e documentário é por conta de uma percepção que o encontro que se dá entre ele e personagem, entre esses dois mundo não pode ser organizados por uma lógica consensual. Isto está presente quando Coutinho diz que "a primeira coisa a fazer é estabelecer que somos diferente" ou que é "essencial fazer o desagradável; no fundo o que é um documentário?"
Cinemais - #22 março/abril 2000, por José Carlos Avelar.
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