A rua não está pronta
Dos mais interessantes debates das últimas semanas diz respeito à forma como aqueles que se associam à uma tradição de esquerda se relacionam com os recentes eventos políticos.
Por um lado há os que estão nas ruas e mídias sociais contra o impeachment e em explícita defesa de Lula e Dilma. A cineasta Ana Muylaert chegou a chama-los de pai e mãe dos jovens pobres que hoje estão na universidade; uma construção no mínimo infantilizante das lutas políticas, dentro e fora das universidades. Exemplo do lugar apolítico que se quer dar a Lula.
Por outro lado, a esquerda crítica ao governo encontra uma boa oportunidade para enfatizar suas discordâncias. No limite, fazendo como parte da direita e contemporizando as ilegalidades do judiciário, a falta de legitimidade de Cunha e companheiros e os descalabros da grande mídia.
De certa maneira, os dois grupos têm tratado as ruas e as manifestações como se estas estivessem prontas, ou um exemplo da defesa “do pai”, ou como se dominadas pelos governistas.
Uma pena!
Quem esteve na manifestação do dia 18, na recente reunião do pessoal do teatro no Rio, etc, percebeu que o espaço está aberto, que as críticas ao governo são intensas e que há, sobretudo, um clima de reconquista do campo da esquerda. Seja contra a direita, seja contra o PT.
A inquietação das ruas é a própria inquietação necessária para que a política esteja presente.
O imobilismo hoje é achar que a rua está pronta. Não está.
28 DE MARÇO
Dos mais interessantes debates das últimas semanas diz respeito à forma como aqueles que se associam à uma tradição de esquerda se relacionam com os recentes eventos políticos.
Por um lado há os que estão nas ruas e mídias sociais contra o impeachment e em explícita defesa de Lula e Dilma. A cineasta Ana Muylaert chegou a chama-los de pai e mãe dos jovens pobres que hoje estão na universidade; uma construção no mínimo infantilizante das lutas políticas, dentro e fora das universidades. Exemplo do lugar apolítico que se quer dar a Lula.
Por outro lado, a esquerda crítica ao governo encontra uma boa oportunidade para enfatizar suas discordâncias. No limite, fazendo como parte da direita e contemporizando as ilegalidades do judiciário, a falta de legitimidade de Cunha e companheiros e os descalabros da grande mídia.
De certa maneira, os dois grupos têm tratado as ruas e as manifestações como se estas estivessem prontas, ou um exemplo da defesa “do pai”, ou como se dominadas pelos governistas.
Uma pena!
Quem esteve na manifestação do dia 18, na recente reunião do pessoal do teatro no Rio, etc, percebeu que o espaço está aberto, que as críticas ao governo são intensas e que há, sobretudo, um clima de reconquista do campo da esquerda. Seja contra a direita, seja contra o PT.
A inquietação das ruas é a própria inquietação necessária para que a política esteja presente.
O imobilismo hoje é achar que a rua está pronta. Não está.
28 DE MARÇO
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