Os acontecimentos associados ao Zica e os casos de microcefalia são reveladores do funcionamento de toda ciência.
Subitamente, aqueles que deveriam dar as boas respostas e organizar as ações contra a epidemia se embaralham, falam sem muita certeza ou são absolutamente ineficazes.
No momento que a ciência falha, são convocados todos os atores sociais que de alguma forma podem influenciar as tomadas de decisão e as origens do problemas.
Talvez os casos de microcefalia sejam causados por uma vacina ou talvez por um pesticida da Monsanto - gigante que além de pesticidas produz sementes suicidas. Mas, não são apenas as eventuais erros, também científicos – vacina, pesticidas – que são convocados, também as condições de saneamento e os poderes públicos que poderiam ter evitado a proliferação dos mosquito. Além disso, a epidemia acontece na véspera de uma Olimpíada, o que transforma o problema local em algo global que
envolve grandes investimentos.
Os mesmo poderes locais, junto com a mídia, precisam, se não conter o vírus, pelo menos administrar a informação sobre ele, controlar a circulação do que se sabe e diz sobre a doença. A OMS anunciou ontem grandes investimentos para combater o Vírus. A maior parte das verbas vai para conscientização, ou seja, mídia.
O Zica e os casos de microcefalia são assim reveladores do funcionamento da ciência - fundamentalmente suja e opaca, distante de qualquer assepsia ou isolamento.
Se algum dia a ciência foi animada pela curiosidade, pelo livre pensar ou pelo simplório desejo de melhorar o mundo, nesse caso estão evidentes os fatores sociais, econômicos, interesses de estado e multinacionais, estruturas de poder midiáticas e globais.
O que perturba a ciência é que o “sujeira” venha a tona, que a solução para um problema se torne um debate em que essa mistura opaca tenha influencia. Perturba a ciência que as operações em torno de um mosquito sejam um problema sem exclusividade dos homens e mulheres de branco em seus laboratórios.
A sujeira sempre esteve lá, a confusão de opiniões que circula no momento não é o contrário da ciência, mas ela mesma.
Subitamente, aqueles que deveriam dar as boas respostas e organizar as ações contra a epidemia se embaralham, falam sem muita certeza ou são absolutamente ineficazes.
No momento que a ciência falha, são convocados todos os atores sociais que de alguma forma podem influenciar as tomadas de decisão e as origens do problemas.
Talvez os casos de microcefalia sejam causados por uma vacina ou talvez por um pesticida da Monsanto - gigante que além de pesticidas produz sementes suicidas. Mas, não são apenas as eventuais erros, também científicos – vacina, pesticidas – que são convocados, também as condições de saneamento e os poderes públicos que poderiam ter evitado a proliferação dos mosquito. Além disso, a epidemia acontece na véspera de uma Olimpíada, o que transforma o problema local em algo global que
envolve grandes investimentos.
Os mesmo poderes locais, junto com a mídia, precisam, se não conter o vírus, pelo menos administrar a informação sobre ele, controlar a circulação do que se sabe e diz sobre a doença. A OMS anunciou ontem grandes investimentos para combater o Vírus. A maior parte das verbas vai para conscientização, ou seja, mídia.
O Zica e os casos de microcefalia são assim reveladores do funcionamento da ciência - fundamentalmente suja e opaca, distante de qualquer assepsia ou isolamento.
Se algum dia a ciência foi animada pela curiosidade, pelo livre pensar ou pelo simplório desejo de melhorar o mundo, nesse caso estão evidentes os fatores sociais, econômicos, interesses de estado e multinacionais, estruturas de poder midiáticas e globais.
O que perturba a ciência é que o “sujeira” venha a tona, que a solução para um problema se torne um debate em que essa mistura opaca tenha influencia. Perturba a ciência que as operações em torno de um mosquito sejam um problema sem exclusividade dos homens e mulheres de branco em seus laboratórios.
A sujeira sempre esteve lá, a confusão de opiniões que circula no momento não é o contrário da ciência, mas ela mesma.
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