Regina Duarte é a bolsonarista dos sonhos de Bolsonaro.
Regina não é criticável. Ela se instala em um nível de absurdo e de infantilidade senil que impossibilita qualquer crítica. A perfeita bolsonarista impede que qualquer coisa seja dita.
Diante dela ficamos profundamente constrangidos. Aqui o constrangimento é literal: somos forçados a nos calar, contra a nossa vontade temos que silenciar.
Seu delírio é uma forma de censura. Ela exclui a possibilidade de história, de pensamento ou reflexão. Ao ser constrangedora, ela é extremamente eficiente para o fascismo Bolsonarista. No lugar da agressividade ela é uma caricatura do niilismo. Nada importa, não é revelante: opiniões, imagens, vidas. Relaxa! Sempre morreu gente!
A desconexão com seu próprio lugar de secretária de cultura faz de Regina Duarte o ideal do fascismo. Eu estou aqui mas poderia não estar. Eu não entendo nada. As vezes eu decido uma coisa sai publicada outra. O negacionismo fascista depende disso, depende na recusa ao presente, da recusa da história.
Antes de matar ou gozar com a morte, é preciso fazer do poder algo tão absurdo, tão excêntrico à vida mesmo que a própria ideia de alteridade ou diálogo se torna obsoleta.
Emblema de uma forma de poder. Na cadeira da cultura o que se vê é um corpo vaidoso despossuído de fala, mas que mesmo assim age. Age para agradar aqueles que desejam um triplo esvaziamento: da racionalidade, da política e da sensibilidade. Um corpo tão assujeitado a sua vaidade que torna obsoleta a ideia de que o poder estaria ocupado por sujeitos e ideias.
Um ideal para o fascismo: um lugar ocupado por uma imagem sem sujeito, sem nada.
Esse nada que reproduz gestos que não lhe pertencem e clichês autoritários que impossibilitam nossa presença, nos elimina.
Esse nada que reproduz gestos que não lhe pertencem e clichês autoritários que impossibilitam nossa presença, nos elimina.
Regina Duarte talvez seja a mais eficiente bolsonarista. Não há nenhuma tentativa de simular algo, ela é. Péssima atriz.
Aqui ela não finge que deseja a eliminação do outro, ela faz.
-- Diário do entre-mundos 42 --
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