29 de jul. de 2016

terrorismo no Brasil

22 julho 2016

Não há ingenuidade, mico ou tosqueira no caso dos presos por “terrorismo” no Brasil.
Neste momento em que é preciso evitar qualquer manifestação ou qualquer dissenso em relação ao rumos do país e do capital, quanto mais sem sentido forem as prisões, mais eficientes elas serão. 
Quanto mais ilegítimas forem as acusações, mais didáticas elas serão.
Quando usar mochila, barba ou aprender árabe configura o inimigo do Estado, nos tornamos todos potenciais inimigos, potenciais presos.
O Estado age assim como terrorista, ou seja, não escolhe mais as vítimas, transforma todos e qualquer um em alvo. Para ser vitimado pelo estado policial, basta estar vivo. É essa a norma que se reforça com a lei antiterrorismo e com as ações nas vésperas dos Jogos Olímpicos.
O medo como forma de gerenciar a cidade, de controlar a linguagem, a circulação os processos subjetivos e claro, destruir a política.
Não nos basta apenas dizer, serei destemido, mas nos perguntarmos como, coletivamente, a justiça e a democracia são o norte e não o temor pessoal, o meu pequeno mundo privado, meu pequeno salário, meu pequeno conforto – tudo protegido pelo legalismo.

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