No ótimo livro Cultura Digital, a Azougue republicou uma entrevista com o antropólogo Eduardo Viveiro de Castro, um dos mais importantes intelectuais brasileiros.
É uma entrevista engajada e reveladora, atenta aos lugares em que o país e o mundo estão efetivamente disputando os espaços e as sensibilidades. Assim como faz em seus artigos, o Viveiro de Castro convoca pensadores como Deleuze, Guatarri e Foucault para pensar a Amazônia e o mundo.
A entrevista ajuda ainda a pensarmos o modelo de país/mundo que desejamos e escolhemos cotidianamente.
Provocador, ele nos diz coisas como:
"Pessoalmente, digo: dane-se o desenvolvimento."
"Quem se preocupa com identidade, de língua, cultura, seja do que fôr, já “perdeu”."
O problema nacional é um problema da elite para a elite pela elite. O chamado “povo” está preocupado com outra coisa...
"Para o bem ou para o mal, a Amazônia virou o Lugar dos lugares, natural como cultural, alias; é lá que está sendo cozinhado um gigantesco guisado cultural, e que daqui nós não temos a menor idéia do que está se passando."
Como dizia o Glauber, quem ainda não leu está por fora.
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