24 de jun. de 2015

A cadeirinha de Brasília

Infelizmente nossa democracia faz pouco mais do que manter os mesmos sistemas de poder no governo, com variáveis cada vez menores entre o que é ser de direita ou de esquerda.
Se há uma certa indiferença entre quem está no poder, é com outro tipo de pressão que democracia deveria existir.
A disputa entre superpoderosos nos acostumou a pensar pequeno.
A destruição do planeta, o escândalo da desigualdade e o poder do sistema financeiro e imobiliário não têm nem mais lugar no debate. São coisas grandes demais para serem pensadas. Enquanto isso discutimos as migalhas entre PT e PSDB.
Prato cheio para os grupos no poder, para os consumidores de agrotóxico do Ministério da Agricultura e para o Gerente do Bradesco nas finanças.
A democracia está em outro lugar: na urgência de levarmos a sério o escândalo da desigualdade – todas elas. Isso não será feito por nenhum partido nos próximos muitos anos.
Se a aberração do sistema que nos destrói e mata estiver em primeiro plano e nos mobilizar, dane-se se é Cunha, Aécio ou Dilma na cadeirinha de Brasília.


27.4.15

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