A violência de nossa sociedade não é novidade, grande parte do que
nos move política e poeticamente é essa indignação, essa recusa da
violência que toca a todos, de diferentes formas, é verdade.
No atual debate sobre a redução da maioridade penal há, mais uma vez, esse desconforto profundo com a violência. Muitos que defendem a redução acreditam que alguns crimes cometidos por adolescentes poderiam ser evitados, caso esses jovens tivessem medo de ir para a prisão. No pior dos casos, acham que é uma forma da sociedade se vingar daqueles que cometerem algum crime.
Pois, no último ano fizemos um trabalho com cinema e direitos humanos em muitas escolas do país. Três dessas escolas eram Centros Socioeducativos - em que os adolescentes podem ficar até três anos internos. Comprovadamente, a reincidência de crimes de pessoas que passaram por esses centros é muito menor do que a de pessoas que foram presas – menos de 30% nos Centros Socioeducativos, em torno de 70% nas prisões. Mas, mais do que isso, o que vimos nesses lugares foram jovens com profunda vontade de futuro, desejosos de criação, afeto, educação.
Nos trabalhos com o cinema, vimos esses jovens assumirem responsabilidades criativas, pensarem suas vidas e trabalharem intensamente. A cada momento esteve explicito o desacordo entre os desejos expressos nos filmes e as possibilidades que o mundo dava a esses jovens. Se a vingança for o que nos move, teremos que estar cada vez mais preparados para a vingança desses jovens contra o mundo que os colocou ali.
Os Centro Socioeducativos não são prisões, mas é ali que muitos passam anos fundamentais de suas vidas, tentando um futuro diferente daquele escrito na pobreza.
A cada filme feito pelos jovens tínhamos a certeza de que aquele lugar precisava ser passageiro e que fora dali precisávamos continuar um trabalho de apoio, para que eles pudessem continuar criando e expressando todo sua vitalidade.
Coloco abaixo o link para dois dos filmes-carta feitos em Centros Socioeducativos.
É difícil imaginar que são esse jovens que queremos ver nas prisões por muitos anos ou décadas. Vendo esses filmes, é difícil imaginar que perdemos a crença na possibilidade de um outro futuro para esses adolescentes.
No atual debate sobre a redução da maioridade penal há, mais uma vez, esse desconforto profundo com a violência. Muitos que defendem a redução acreditam que alguns crimes cometidos por adolescentes poderiam ser evitados, caso esses jovens tivessem medo de ir para a prisão. No pior dos casos, acham que é uma forma da sociedade se vingar daqueles que cometerem algum crime.
Pois, no último ano fizemos um trabalho com cinema e direitos humanos em muitas escolas do país. Três dessas escolas eram Centros Socioeducativos - em que os adolescentes podem ficar até três anos internos. Comprovadamente, a reincidência de crimes de pessoas que passaram por esses centros é muito menor do que a de pessoas que foram presas – menos de 30% nos Centros Socioeducativos, em torno de 70% nas prisões. Mas, mais do que isso, o que vimos nesses lugares foram jovens com profunda vontade de futuro, desejosos de criação, afeto, educação.
Nos trabalhos com o cinema, vimos esses jovens assumirem responsabilidades criativas, pensarem suas vidas e trabalharem intensamente. A cada momento esteve explicito o desacordo entre os desejos expressos nos filmes e as possibilidades que o mundo dava a esses jovens. Se a vingança for o que nos move, teremos que estar cada vez mais preparados para a vingança desses jovens contra o mundo que os colocou ali.
Os Centro Socioeducativos não são prisões, mas é ali que muitos passam anos fundamentais de suas vidas, tentando um futuro diferente daquele escrito na pobreza.
A cada filme feito pelos jovens tínhamos a certeza de que aquele lugar precisava ser passageiro e que fora dali precisávamos continuar um trabalho de apoio, para que eles pudessem continuar criando e expressando todo sua vitalidade.
Coloco abaixo o link para dois dos filmes-carta feitos em Centros Socioeducativos.
É difícil imaginar que são esse jovens que queremos ver nas prisões por muitos anos ou décadas. Vendo esses filmes, é difícil imaginar que perdemos a crença na possibilidade de um outro futuro para esses adolescentes.
http://www.inventarcomadiferenca.org/…/escola-carlos-albert…
https://vimeo.com/97866661
O primeiro desses filmes foi premiado no mais recente CinePE. Infelizmente as jovens diretores não puderam comparecer à cerimônia de premiação por não terem autorização para deixar o Centro Socioeducativo. A torcida é para que no próximo Festival elas tenham mais de 18 anos e estejam livres para receber pessoalmente seus prêmios.
https://vimeo.com/97866661
O primeiro desses filmes foi premiado no mais recente CinePE. Infelizmente as jovens diretores não puderam comparecer à cerimônia de premiação por não terem autorização para deixar o Centro Socioeducativo. A torcida é para que no próximo Festival elas tenham mais de 18 anos e estejam livres para receber pessoalmente seus prêmios.
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