Diversos vídeos impressionantes sobre as manifestações de Domingo tem
circulado na internet. Muitos bastante jocosos, pelo menos é minha
leitura, por me sentir extremamente distante dos manifestantes.
Mas meu ponto é outro. As recentes manifestações contra o governo Dilma tem nos levado a pensar importantes questões sobre a macropolítica. Sobre a possibilidade de uma guinada à esquerda, sobre a retórica da corrupção como estratégia para desestabilizar o governo, sobre as possibilidade de governar sem o PMDB, etc.
Entretanto, assistindo esses vídeos, se explicita uma luta que se fará a longo prazo, que não se resolverá com as saídas que este governo dará para a crise. Trata-se de uma luta micropolítica que passa por desejos, estilos de vida, formas de consumo e relação com o outro.
Ao ver esses vídeos tenho a impressão que estamos perdendo feio essa luta.
A aposta ética que um dia fez parte da esquerda não era simplesmente uma relação não corrupta com a política, mas uma outra ética, que passava pelo respeito à diferença, por padrões de consumo que, pelo menos, adiem um pouco o fim do mundo, por relações urbanas mais democráticas, pela representação política de quem não é o mais rico ou parte de alguma oligarquia.
Estamos perdendo a luta micropolítica porque esse princípios de igualdade e democracia estão fracassando. Nossas opções energéticas, nossa falta de indignação com uma educação excludente, nossas opções de consumo que destroe cidades.
É claro que é criminosa uma defesa de golpe e intervenção militar, mas o que dizer da menina de 17 anos na passeata que diz que é de direita, sem saber exatamente o que isso quer dizer? Podemos coloca-la no mesmo saco de todos os outros manifestantes, chama-la de burra e alienada ou, podemos imaginar que como sociedade temos alguma responsabilidade. Que ali há um problema comum à todos que estão na luta democrática. Podemos chamar de coxinha os que estavam na rua e reforçar a oposição política a eles, mas o que dizer de um certo desejo de mundo liberal, competitivo e excludente que está ali, em meio a pessoas muito jovens.
Nesse momento, quanto mais nos fecharmos “no meu grupo”, na “minha causa justa”, mais distantes estaremos do lugar onde o país está em jogo.
Tão urgente quanto uma pauta de esquerda é trazer aquela menina de 17 anos para uma outra possibilidade de mundo.
Mas meu ponto é outro. As recentes manifestações contra o governo Dilma tem nos levado a pensar importantes questões sobre a macropolítica. Sobre a possibilidade de uma guinada à esquerda, sobre a retórica da corrupção como estratégia para desestabilizar o governo, sobre as possibilidade de governar sem o PMDB, etc.
Entretanto, assistindo esses vídeos, se explicita uma luta que se fará a longo prazo, que não se resolverá com as saídas que este governo dará para a crise. Trata-se de uma luta micropolítica que passa por desejos, estilos de vida, formas de consumo e relação com o outro.
Ao ver esses vídeos tenho a impressão que estamos perdendo feio essa luta.
A aposta ética que um dia fez parte da esquerda não era simplesmente uma relação não corrupta com a política, mas uma outra ética, que passava pelo respeito à diferença, por padrões de consumo que, pelo menos, adiem um pouco o fim do mundo, por relações urbanas mais democráticas, pela representação política de quem não é o mais rico ou parte de alguma oligarquia.
Estamos perdendo a luta micropolítica porque esse princípios de igualdade e democracia estão fracassando. Nossas opções energéticas, nossa falta de indignação com uma educação excludente, nossas opções de consumo que destroe cidades.
É claro que é criminosa uma defesa de golpe e intervenção militar, mas o que dizer da menina de 17 anos na passeata que diz que é de direita, sem saber exatamente o que isso quer dizer? Podemos coloca-la no mesmo saco de todos os outros manifestantes, chama-la de burra e alienada ou, podemos imaginar que como sociedade temos alguma responsabilidade. Que ali há um problema comum à todos que estão na luta democrática. Podemos chamar de coxinha os que estavam na rua e reforçar a oposição política a eles, mas o que dizer de um certo desejo de mundo liberal, competitivo e excludente que está ali, em meio a pessoas muito jovens.
Nesse momento, quanto mais nos fecharmos “no meu grupo”, na “minha causa justa”, mais distantes estaremos do lugar onde o país está em jogo.
Tão urgente quanto uma pauta de esquerda é trazer aquela menina de 17 anos para uma outra possibilidade de mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário