Bangladesh, Mediterrâneo e Oxford St.
Está programada para esta semana uma grande manifestação em Dhaka, capital de Bangladesh. Dois anos atrás, mais de mil pessoas morreram no desabamento de um prédio ilegalmente construído em que se fabricavam roupas para marcas como Benetton, Primark, Matalan e Mango. Os manifestantes dizem que nem todas as indenizações devidas foram pagas.
Nos últimos anos, Bangladesh se tornou um centro de “máxima exploração”, garantido pela pobreza, pela fragilidade dos sindicatos, pelos baixíssimos salários, etc.
Nessa semana, como todos sabem, mais de mil pessoas morreram no mediterrâneo tentando chegar na Europa. Centro de máximo consumo, com seus salários altos, legislações trabalhistas que ainda sobrevivem em alguns países, além de algumas garantias mínimas de sobrevivência – como escolas gratuitas.
A relação entre as duas tragédias não é pequena.
Para garantir preços absurdamente baratos na Primark ou para que a Benetton possa fazer face à competição, é preciso garantir que nenhum trabalhador de Bangladesh chegue à Europa - eles são necessários lá onde estão.
A morte desses trabalhadores não traz nenhum problema para a ordem do capital. A impossibilidade de os imigrantes chegarem na Europa não impedirá que as roupas continuem viajando em primeira classe.
A única solução real para a imigração na Europa é que as leis trabalhistas e os salários sejam ditados pelo local de venda e não pelo local de fabricação. Diante do absurdo dessas mortes é preciso pensar em um outro mundo possível.
Está programada para esta semana uma grande manifestação em Dhaka, capital de Bangladesh. Dois anos atrás, mais de mil pessoas morreram no desabamento de um prédio ilegalmente construído em que se fabricavam roupas para marcas como Benetton, Primark, Matalan e Mango. Os manifestantes dizem que nem todas as indenizações devidas foram pagas.
Nos últimos anos, Bangladesh se tornou um centro de “máxima exploração”, garantido pela pobreza, pela fragilidade dos sindicatos, pelos baixíssimos salários, etc.
Nessa semana, como todos sabem, mais de mil pessoas morreram no mediterrâneo tentando chegar na Europa. Centro de máximo consumo, com seus salários altos, legislações trabalhistas que ainda sobrevivem em alguns países, além de algumas garantias mínimas de sobrevivência – como escolas gratuitas.
A relação entre as duas tragédias não é pequena.
Para garantir preços absurdamente baratos na Primark ou para que a Benetton possa fazer face à competição, é preciso garantir que nenhum trabalhador de Bangladesh chegue à Europa - eles são necessários lá onde estão.
A morte desses trabalhadores não traz nenhum problema para a ordem do capital. A impossibilidade de os imigrantes chegarem na Europa não impedirá que as roupas continuem viajando em primeira classe.
A única solução real para a imigração na Europa é que as leis trabalhistas e os salários sejam ditados pelo local de venda e não pelo local de fabricação. Diante do absurdo dessas mortes é preciso pensar em um outro mundo possível.
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