Mais duas ou três palavras sobre o livro do Glenn Greenwald sobre o caso Snowden.
O jornalista tem uma tese defendida com bastante consistência: o terrorismo é um retórica dos Estados Unidos e aliados para manter o controle sobre a população.
A relação de causa e efeito entre os atentados do Charlie Hebdo e a demanda por mais vigilância explicitam essa tese.
Os governos não tem interesse nenhum no debate sobre privacidade ou sobre eficácia do método em uso: recolher todas as informações sobre todos em todos os meios.
Diante dos assassinatos, o remédio é simples: mais vigilância, mais verbas para controlar a todos.
A tese do Greenwlad é que isso tem gerado pessoas cada vez mais conformadas com o status quo. Não há mudança sem rebeldia contra o estado.
Note, não se trata aqui de governo x ou y, de partido a ou b, mas contra o estado e o controle generalizado. Infelizmente as críticas ao estado, no Brasil em especial, parecem sempre associadas aos neoliberais, nunca aos anarquistas. Estes, como sabemos, se tornaram os “nossos terroristas” e sobre eles o mesmo remédio: mais vigilância.
Tão importante quanto a NSA e Snowden é a ótima discussão sobre o jornalismo, americano sobretudo, e a adesão ao governo. Bem, no nosso caso a independência jornalística virou coisa rara.
Depois de 10 dias com Snowden em Hong Kong, Greenwald se diz exausto física e psicologicamente. Hora de “voltar para o Brasil”, completa. O cara é divertido.
11.2.15
O jornalista tem uma tese defendida com bastante consistência: o terrorismo é um retórica dos Estados Unidos e aliados para manter o controle sobre a população.
A relação de causa e efeito entre os atentados do Charlie Hebdo e a demanda por mais vigilância explicitam essa tese.
Os governos não tem interesse nenhum no debate sobre privacidade ou sobre eficácia do método em uso: recolher todas as informações sobre todos em todos os meios.
Diante dos assassinatos, o remédio é simples: mais vigilância, mais verbas para controlar a todos.
A tese do Greenwlad é que isso tem gerado pessoas cada vez mais conformadas com o status quo. Não há mudança sem rebeldia contra o estado.
Note, não se trata aqui de governo x ou y, de partido a ou b, mas contra o estado e o controle generalizado. Infelizmente as críticas ao estado, no Brasil em especial, parecem sempre associadas aos neoliberais, nunca aos anarquistas. Estes, como sabemos, se tornaram os “nossos terroristas” e sobre eles o mesmo remédio: mais vigilância.
Tão importante quanto a NSA e Snowden é a ótima discussão sobre o jornalismo, americano sobretudo, e a adesão ao governo. Bem, no nosso caso a independência jornalística virou coisa rara.
Depois de 10 dias com Snowden em Hong Kong, Greenwald se diz exausto física e psicologicamente. Hora de “voltar para o Brasil”, completa. O cara é divertido.
11.2.15
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